domingo, 8 de maio de 2011

EU, QUE NÃO ACREDITAVA EM MAIS NADA – 24 HORAS PARA ACREDITAR – 2/3 DO TEMPO

O destino continuou sua rota. O trajeto foi divertido. Riram, brincaram, conversaram. Ela não estava no seu juízo perfeito. O “mel” colocado em sua boca dava sinais do exagero.
Mas o que importa? Eles estavam felizes, eram cúmplices. E ela estava vivendo exatamente o que queria.
Chegaram ao hotel onde ela estava hospedada. Ela não se continha de euforia, queria apenas quatro paredes para os dois.
E rapidamente eles estavam praticando o óbvio - saciando o desejo que a consumia.
Mãos, boca, pele, cabelos, cheiro, pegada... ela sempre está entregue para que ele a pegue da maneira que quiser. Ela gosta do novo, quer experimentar as sensações.
Seu desejo a deixa atordoada, mas ele a conduz.
Se encostam, se abraçam, se encaixam.
Ela adora vê-lo. A pele tocando a pele e os olhos devorando todo o corpo.
Ele tem pegada (aquela), ela já sabia. Nunca se esqueceu desde o primeiro contato.
Ele a possui como quem degusta de um prato requintado.
O sexo deles não é fast-food. O sexo deles é saboreado lentamente.
As horas passam e o sentimento inigualável de dever cumprido vai se confirmando. Adormecem exaustos, satisfeitos.
A forma de dormir também importa. Até isto eles haviam combinado. Não se desgrudaram e seus corpos se amoldaram madrugada adentro.
Tê-lo consigo a faz imensamente feliz, tanto que sua euforia não permite que o sono se prolongue. Encaixados e colados, ela acorda e sente o desejo dele, um desejo grande... Ela retribui suavemente.
Ele ainda dormia quando se dá conta do que ela lhe provoca. Mas ele gosta e degusta!
Mas uma vez se amam e adormecem sem preocupações. Tudo ficou lá fora.
Quando ela novamente acorda, se desencaixa, levanta e olha. Não consegue parar de olhar... seus olhos se envaidecem e seu desejo confirma o que já sabia. É ele, na essência, na beleza.
Minutos acordada e ela visualiza tudo o que deseja pros dois. Os sonhos, as promessas, a metas nunca antes planejadas e possivelmente jamais cumpridas.
Ela o deseja e isto é o que ainda importa. Mas ela é incrédula, lembra? Por um lapso de tempo sofre a dor de uma separação que irá ocorrer em breve, separação daquilo que nunca se juntou a não ser naquele momento.
Dor, amor, alegria, tristeza, ódio, ternura... todos misturados e tentando apaziguar seu coração para que não entrasse num colapso.
Ela o beija suavemente, com o desejo de fazê-lo feliz, suas palavras são doces: Amor, acorda...
Ela pensou nas infinitas possibilidades que tem diante de si e só encontrou a paixão que a corroe.
Despertaram, levantaram e desceram para o café. Mais oito horas haviam se passado e o início do sentimento de perda já estava se aglomerando em seu coração.
As próximas horas tiveram gosto de despedida.
E eu que não acreditava em mais nada, presencio até agora a despedida que continua acontecendo dentro de cada um.
C O N T I N U A...
Adriana ToRRe

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