sexta-feira, 6 de maio de 2011

EU, QUE NÃO ACREDITAVA EM MAIS NADA – 24 HORAS PARA ACREDITAR!

Chegou o grande dia. Tudo conspirou a seu favor, os quilômetros que os separavam foram diminuindo e inversamente proporcionais eram sua alegria e euforia pelo encontro.
Ela foi buscá-lo em casa. Seu coração palpitou quando a placa na esquina sinalizou a rua procurada. Seu coração disparou quando encontrou o número – 49.
Bastou chamá-lo. Seu coração encheu-se de sentido quando o viu sair ao portão.
Um beijo demorado, um abraço apertado e a aventura estava só começando.
Ainda não sabiam pra onde ir ou o que fazer. Mas ela já tinha mil planos, pesquisou sobre restaurantes, bares, vida noturna.
Ele fez a sugestão e ela adorou, especialmente pela afinidade gastronômica que haviam identificado. Comida japonesa foi o prato da noite.
Enquanto se dirigiam para o restaurante conversaram muitas coisas, olharam nos olhos, alguns beijos enquanto o volante mantinha linha reta.
Descer do carro foi o indício de como a noite se seguiria. Ele a abraçou e cruzaram a rua. Entraram no restaurante, sentaram-se, pediram o prato desejado e enquanto a comida lentamente chegava, ela se fartava da visão apaixonante que tinha e degustava cada palavra dita por ele.
Assuntos diversos até que a expressão que a fez ir até ele foi novamente dita: “se joga”.
Ela fez-se de durona. Mas ele é profissional, lembra? Novamente a desbancou. Disse simplesmente o óbvio: “Se você não se jogou o que está fazendo aqui? Lembre-se das coisas que deixou pra trás hoje, da distancia que percorreu... acha mesmo que ainda não se jogou?”
Ela sentiu-se nua em seus sentimentos. Envergonhada por não conseguir esconder o óbvio. É claro que ele tinha razão.  Ela o ama e de alguma maneira ele sabe disto, lembra?
Mais uma vez ele a surpreendeu dizendo: “eu também me joguei”. Ela duvidou e rapidamente ele a fez recordar: “não tínhamos previsão de encontro, esperaríamos você ter algo pra fazer aqui e assim aproveitaríamos pra nos encontrar”.
Ela se recordou disto e ele complementou: “eu pulei esta parte, não agüentei e te perguntei logo – quando você vem pra cá hein? E sabendo que viria, desmarquei tudo o que tinha, recusei convites, desliguei o celular e estou aqui, só pra ficar com você”.
Momentaneamente ela se convenceu – ela é incrédula, lembra? - e a noite continuou. Falaram ainda sobre seus pais, famílias, suas cidades e sobre relacionamentos.
Ela tentou argumentar que o respeito é a base de qualquer relacionamento. Ele anda descrente, não acha tão simples assim. Chegaram a uma conclusão: “todo relacionamento tem prazo de validade”.
Na toada desta conversa boa foram embora. Mas a vivacidade dele não o permitiu ficar longe da noite e ela que adora boa música, gente bonita, conversas, risadas, adorou a idéia e seguiram.
O lugar era conhecido pelos dois. Nome na lista vip (que nunca existiu) e entraram.
Foram direto pro balcão do bar e ali ele fez o que sabe de melhor – a seduziu.
Abraços apertados, beijos na boca, mãos e olhos que deslizavam em muitas direções.
As conversas foram reveladoras. O álcool tem dessas coisas, te coloca em situações delicadas.
Ele não é mais moleque, lembra? E a fez ouvir isto por inúmeras vezes, tanto que virou até uma brincadeira.
Ela durante um tempo preocupou-se em observar o comportamento dele. Queria saber para quantas e quais mulheres olharia. Surpreendeu-se! Ele olhava pra ela, falava com ela, não a deixou nenhum minuto.
Ela disse que o queria e ele quis saber como. Suas explicações não o convenceram, embora tenha afirmado que é um “camaleão”, deixou bem claro que não se esconderia. Relembrou de algumas de suas características e as razões pelas quais ele não era um homem que ela pudesse esconder.
Ela convenceu-se e também não queria mesmo esconde-lo. Não queria, não quer. Quer mostrá-lo. Aliás, mostrá-lo é um trecho da história que merecerá destaque.
Louca pela sedução, eufórica com a bebida, ela havia pedido arrego, ele não acreditou. Colocou “mel” na sua boca tantas vezes que ela lambuzou-se.
Saíram de lá alegres demais, altos demais, cúmplices demais.
Haviam transcorrido oito horas desde o encontro até àquela hora. Um terço do tempo previsto para ficarem juntos. Muita coisa ainda estava por vir...
E, eu que não acreditava em mais nada... ainda tenho muito pra contar...
C O N T I N U A...
Adriana ToRRe 

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