segunda-feira, 27 de junho de 2011

EU, QUE NÃO ACREDITAVA EM MAIS NADA – ELE VEIO!

Acreditar é extremamente necessário. Foi assim que ela finalizou seu último pensamento após as 24 horas mais apaixonantes que viveu.
Depois disto se encontraram novamente, tudo muito especial, embora em tempo menor, todas as sensações estiveram à flor da pele.
Uma recepção perfeita - digna do anfitrião que é. Parede, sofá, música... Desejo, carinho, paixão. Ainda houve espaço para o jantar, o passeio, as conversas, as risadas... Era o improvável fazendo-a acreditar.
Os torpedos continuaram e finalmente o telefonema. Ele ligou! Ela vibrou! O contato tornou-se diário. Ela foi clara: “você ilumina meu dia”. Ele disse: “será assim todos os dias”. E tem sido.
Alguns dias após o último encontro e no meio do telefonema ele disse o que ela mais esperava ouvir, ele queria visitá-la, ir vê-la.
Muitos quilômetros os separam e a disposição dele em ir, em vez de esperá-la, a surpreendeu. Durante alguns momentos ela duvidou, era incrédula lembra? Às vezes alguns resquícios ainda aparecem.
Alguns dias se passaram e a expectativa se confirmou.  Tudo combinado. No domingo ela o receberia.
Euforia, ansiedade, emoção, paixão, agora muito mais que antes. Tê-lo em seu reduto tornaria tudo muito claro. Todas as possibilidades e improbabilidades checadas frente a frente.
Preparou seu lar, renovou as flores, tudo perfeitamente planejado. Acordou cedo, colocou sua roupa especialmente selecionada para aquele momento e foi buscá-lo. Leve, solta e feliz, era assim que se sentia.
Esperou alguns poucos minutos e o anuncio avisava o pouso. O vôo chegou no momento previsto e ao longe ela viu seu sonho mais real.
Um filme lhe passou pela cabeça enquanto acompanhava seus passos. Entrando no saguão ele a viu e sorriu, aquele sorriso que faz toda diferença.
O encontro, o beijo e o abraço apertado. Paz foi o que ela sentiu naquele momento.
A programação era especial. Ela sabia que ele chegaria cansado. Mas isto também faz parte da crença de que realmente ele queria muito estar com ela. Então, foram pra um local confortável, mais reservado.
Curtiram-se, cuidaram-se, como sempre riram, cumpriram o combinado. Adormeceram colados, encaixados, sempre.
Durante as conversas ele disse: “você não acha que eu me apaixonei por você?” Até agora ela espera a resposta.
Ela o quer por perto, ele é receptivo, parece gostar do que está vivendo, tudo parece já não ser tão improvável quanto se pensava.
De lá, direto pro restaurante. Comida apetitosa. Mãos dadas, ele havia dito que sentia saudades de caminhar de mãos dadas com ela. Assim o fizeram e seguiram seu destino.
O caminho foi um belo passeio. Mostrar-lhe sua cidade também foi divertido, mas ela o queria em seu reduto, no seu porto seguro para onde sempre volta. Viveu as cenas que já havia visualizado em seus pensamentos. O elevador, a porta, o sofá e todo o resto. Ainda tinham algumas horas pela frente. Ele sentiu-se à vontade, exatamente como ela queria que fosse.
Ele disse: “está ficando sério”. Ela sorriu e enquanto sorria esperava seus sinais. Ela o ama e de alguma maneira ele sabe disto, mesmo sem palavras.
O sangue dela pulsava forte por todo corpo. O sangue dele pulsava tranqüilo, tanto que adormeceu naquela cama. Outras tantas horas encaixados e o tempo voava.
Faminto! Foi assim que ele acordou. Faminta! É assim que ela tem passado seus dias.
Novamente o encaixe, o enlace, o calor, os olhos nos olhos, o desejo à flor da pele. O êxtase cronometrado, na medida, em sintonia sempre. Esta é uma característica forte neles, a sintonia da pele, do cheiro, do toque, do desejo, da coisa boa que explode no momento certo conjuntamente.
Uma resposta verdadeira pra uma pergunta objetiva. Doeu!
Ele abala suas estruturas e ela ainda não sabe se defender.
Ainda falta clareza na comunicação, falta dizer o que cada um espera, deseja e tem pra oferecer. Falta a segurança que ela sonha e que não existe em nenhuma relação. Falta a certeza mais incerta.
Depois de tanto tempo anestesiada, ela assiste de camarote a luta entre emoção e razão, a busca pela felicidade garantida. Sua vivencia já lhe mostrou que não há regras e ela teima.  As vezes pensa em recuar, mas não quer.
Agora ela quer acreditar nas mãos dadas, no salto, no “se joga”.  
Não será mais incrédula. Ela não terá medo de se jogar, porque ele está junto.
Viveram momentos doces naquele local que o acolherá sempre, no lar que é dela, mas tem um espaço enorme preenchido por ele. Sentados à mesa, colados na cama, rindo no chuveiro. Gostam e degustam da companhia um do outro.
Ainda restou um curto tempo pra um novo passeio, pro lanche gostoso feito por ele, pra mais um pouco de conversa, para projetos futuros inspirados naquela chaise.

Ela desejou e desejando viveu. O lugar dele agora é ali. Relutaram em sair.
O caminho de volta será feito juntos.  Uma agradável companhia se fez presente no trajeto.
O futuro? Um dia de cada vez. E cada dia um cuidado. Pra cada cuidado um respaldo. Tudo pro mesmo resultado: viver essa paixão.
Prazo de validade? Ainda não sabem qual é. Não se preocupam agora com isto porque há muito pra construir.
Levá-lo embora doeu. O seu lugar agora é outro!
Promessas, certezas!
E eu que não acreditava em mais nada, muito menos nesta história, estou sorrindo porque comprovei que nada na vida é definitivo e poder recomeçar é a minha prova para novamente acreditar.
Ah! Até agora ela espera a resposta...
Adriana ToRRe

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