sábado, 28 de maio de 2011

VIVER O IMPROVÁVEL E CRER!

Descrente do amor e dos relacionamentos amorosos, fui surpreendida pelas infinitas possibilidades que a vida floriu nos últimos dias.
O término de um relacionamento é sempre doloroso. Não importa a razão ou de quem partiu a iniciativa, ninguém começa uma história prevendo um triste fim. Histórias de amor nos foram ensinadas somente com finais felizes e felizes para sempre, ou seja, contraditoriamente sem final.
Minha escolha ao chegar ao final, o que implica numa relação não feliz, foi safar-me no extremo, na descrença, na desistência. Desisti de amar.
A princípio parecia uma escolha racional e imutável. Improvável seria crer novamente na possibilidade de amar, de me entregar, de me jogar.
Ainda não amo. Mas amar não é mais tão improvável assim.
Há pessoas que te fazem girar e girando olhamos as muitas facetas do mundo.
Preceitos, preconceitos, dogmas, sentimentalismos, moral. Tudo tem seu lado positivo e negativo. Nem tudo é de todo ruim, nada é de todo bom.
Encontrei a mais improvável das possibilidades. Quis viver e vivendo me permiti crer.
Enquanto vivo creio e tomo fôlego para crer depois do fim. Relacionamentos têm prazo de validade, lembra?
Por enquanto vivo um dia de cada vez. Não posso negar que os dias têm outra cor quando encontro com ele.
As primeiras 24 horas me fizeram acreditar e agora vivo intensamente cada hora que passamos juntos.
Entre nós não há falsas promessas. Conheço sua vida. Sei das suas investidas. Ele respeita a minha e passa desapercebido. Já me disse outrora que não é homem de se esconder, mas temos vivido nosso mundo paralelo.
Nada em nossas vidas mudou. Nossas rotinas são as mesmas, salvo as lembranças que as vezes deflagram nossa saudade. Salvo o universo que tem conspirado a nosso favor e permitido nos olhar nos olhos com mais freqüência.
Hoje vivo uma história que teria pouca credibilidade aos olhos da sociedade. Mas nada me fez tão crédula a ponto de me tirar do extremismo.
Prevejo o fim. Não sei quando, não importa. Mas sei que quando acabar terei me tornado melhor porque aprendo a cada respiração.
E depois que a euforia passar, o desejo ceder, a paixão minguar... restará a certeza de que ninguém passa pela nossa vida a toa. Todos sem exceção deixam um pouco de si e levam parte de nós. Nesta metamorfose mudo minhas formas de sentir, abalo minhas estruturas e me refaço na busca por me tornar melhor.
Adriana ToRRe

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