domingo, 24 de abril de 2011

EU, QUE NÃO ACREDITAVA EM MAIS NADA – O INÍCIO DE TUDO!

Pra falar de amor não correspondido tem que buscar a essência.
Se a maior busca do ser humano é a felicidade e o nosso mundo ocidental prima pelo amor romântico como pilar fundamental da felicidade, então porque ainda existem amores não correspondidos?
Não seria uma contradição alguém ter a sorte de ser amado e não querer viver esta “linda” história de amor? Não, não seria, simplesmente porque amar é pessoal, cada um tem suas razões, seu jeito.
O início de tudo é o conhecimento e conhecer o ser amado explica todas as chances desta história dar certo ou errado.
Nesta história aqui, minha amiga, que não é nada boba e já cansada das mesmices de sua vida monótona decidiu aventurar-se.
O início de tudo é o desejo pelo novo. Ela não buscava um amor novo, um namorado novo, um amigo novo. Ela buscava o novo aos seus olhos. Queria viver o que nunca tinha vivido.
O início de tudo foi a noite. Ah, a noite! A inspiradora dos poetas, compositores, a companheira dos amantes. A noite que tem seus mistérios revelou pra ela a alegria de sentir seu sangue pulsar.
Foi naquela noite, em meio à música, dança, pessoas, que seus olhos se fixaram em uma só direção – o palco.
Até então, nada programado, tudo também despretensiosamente natural. O anúncio dizia quem vinha. O show iria começar.
O início de tudo foi o show. Fantasia, sedução, sensualidade e o olhar dela entorpecido pelo conjunto da obra.
Nada mais havia naquele lugar senão a visão apaixonante daquele homem. Lindo, ela pensou! Maravilhoso, ela pensou! Loucura, ela pensou!
Há um provérbio popular bastante conhecido: “a ocasião faz o ladrão” e sua alma fora roubada naquela noite.
Durante alguns momentos ele a reverenciou.
O início de tudo foi o contato físico. Ela desejou, ele entendeu.
Ela se soltou e ele a envolveu. Os minutos se passaram e o encaixe era perfeito.
Ela sorriu, ele agradeceu. A noite continuou.
Naquela noite um novo traço estava surgindo no desenho destas vidas.
Se o início de tudo é o conhecimento, o desejo pelo novo, a noite, o show, o contato físico... então tudo já havia iniciado.
Ela o conheceu ali em seu habitat, assim, não foi enganada, salvo, pela continuação desta história. Exceto por si mesma.
Um homem de muitas mulheres. Um mundo de muitos amantes.
Aquele encontro pré-destinado não foi suficiente. Ela queria mais.
Do primeiro encontro ao amor não correspondido não se passou muito tempo, mas é possível relatar muitos episódios.
Ela o conheceu e isto foi o início de tudo, talvez o início da própria vida.
E o melhor de tudo é que ela ainda acredita que esse homem irá amá-la. Parece-me impossível... mas no decorrer dos fatos talvez eu mude de opinião.
Eu que não acreditava em mais nada, também não acredito que ela irá conseguir, façamos nossas apostas!
Adriana ToRRe

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