terça-feira, 12 de julho de 2011

ESCOLHAS

Hoje decidi falar de escolhas.
Eu pensava que fazer escolhas era algo muito difícil, um daqueles momentos cruciais em que há dois caminhos a seguir e eles se contrapõem. Ou um, ou outro e acabou, tudo seria diferente a partir daí.
Nos últimos dias tenho entendido que minhas escolhas mais importantes não são feitas em situações difíceis, simplesmente porque escolhemos o tempo todo.
As escolhas mais importantes definem agora o passo que eu vou dar daqui a pouco.
Acordo e as escolhas já começam. Isto pode parecer banal, mas cada passo que eu der me levará pro destino que eu escolhi.
Sinto que uma das escolhas mais importantes que podemos fazer é a maneira como tratamos as pessoas.
Nosso dia é conduzido através dos nossos relacionamentos. Sofremos, choramos, rimos, gargalhamos... depende do que plantamos em cada relação.
Amizade, trabalho, família, romance... não importa, tudo é uma questão de escolha.
Já ouvi muitos dizerem: “mas eu não tive escolha”. Contradigo argumentando que teve, sempre temos. O que acontece é que muitas vezes não vemos as possibilidades, desviamos nosso olhar do novo, do distante, do duvidoso. Temos medo de fazer escolhas conscientes.
Saindo de um show no fim de semana, escolhi dar atenção por alguns poucos segundos ao flanelinha que cuidava do meu carro. Um diálogo de 04 ou 05 frases que terminou com um: “boa noite, bom trabalho”. E estes mesmos segundos me livraram de um acidente. O carro atingido estava na minha frente, há poucos metros. Se faltasse aquele mísero diálogo, certamente eu estaria naquele lugar.
Coincidência? Bobagem? Não. Intuição. Escolha!
Sabemos o que devemos fazer. Somos intuídos o tempo todo, mas ainda assim, muitas vezes nossa escolha é não escolher.
Mudar o trajeto, sair de casa mais cedo, trocar o dia de ir ao mercado, estacionar numa rua diferente, tomar café em outra padaria, tudo vai embasar o minuto seguinte.
Quero dizer que não acredito em coincidências. Que temos livre arbítrio limitado às nossas escolhas.
Difícil é aceitar que não podemos escolher pelo outro.
Mas podemos escolher como nos sentimos em relação à escolha do outro.
De escolha em escolha, passo a passo construímos nosso eu, direcionamos nossa história, traçamos nosso destino. Mas há momentos em que nem há o que escolher, porque a escolha já foi feita e não nos demos conta disto.
Uma escolha não precisa mudar uma situação, basta que ela mude algo dentro de mim.
Adriana ToRRe

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