sábado, 19 de março de 2011

DECIDIRAM AVENTURAR-SE

Ela pensou em todas as coisas que vivera nas últimas horas.
A estrada foi sua companheira e a distância seu tormento.
Tentou se lembrar de cada detalhe.
Havia dormido um pouco antes da chegada dele. Mas o sinal de que estava próximo, a fez tremer. Correu, preparou-se, ficou pronta pra ele.
Vê-lo surgir alegrou-lhe a alma. Eles eram um pro outro.
Conversaram, passearam, paqueraram, fizeram o que estava programado, a causa inicial de tudo aquilo.
Mas tudo sempre parece pouco quando eles estão juntos e na mesma medida o pouco ou o nada lhes é tudo.
Decidiram aventurar-se.
Novamente música, luzes, dança, gente. Os corpos balançavam, o flerte era fácil, ali tudo era possível.
Recordações.
Seus corpos se entrelaçaram, giraram. Seus lábios sorriam.
E a qualquer momento salvavam-se das circunstancias alheias que aquele lugar proporcionava.
Salvaram-se todas as vezes quanto necessárias. Salvaram-se com beijos ardentes, olhares profundos, desejo intenso, pele e pelos aflorados.
Nada do que acontecia ali poderia tocá-los, salvos pelas promessas antes feitas.
Paquera, flerte, namoro, envolvimento, fizeram tudo e ao final amaram-se.
Ao final? Não. Era só mais um começo. Todo encontro era um começo.
Exaustos pela euforia das horas compartilhadas, tornaram-se um e colados dormiram finalmente.
Ah se ela soubesse... Ela sabia.
Ah se ele soubesse... Ele sabia.
Tudo era intenso, dormir e acordar. E ao acordarem sorriram.
Eles são assim... felizes.
Café da manhã, música, conversa, despedida, tudo misturado.
Partiram e como em todas as outras vezes, era só o começo!
Adriana ToRRe

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