A simplicidade do seu olhar me
trouxe de volta um mundo menos cruel, com mais doçura e mais sentimentos.
Você chegou como quem não quer
nada, arrancou meu sorriso e me fez leve.
A dança nos uniu, mas ela foi
somente o início de tudo.
Descobrimos em nossas conversas
um novo jeito de se fazer presente.
Você me fez companhia em longas
viagens, em madrugadas, em tardes e noites.
Saber sobre o que você estava
pensando e ouvir tua voz me levaram pra longe da solidão que eu havia
escolhido.
Minha vida passou a ter fundo
musical, alimentando ainda mais a saudade.
Saudade que não vai embora nem
quando estamos juntos, mas que tem o dom de fazer os momentos figurarem em câmera
lenta e se eternizarem dentro de nós.
Mas o que tenho observado é que bons
relacionamentos sobrevivem por si só. Tempo e distancia são meros coadjuvantes
frente ao nosso desejo de se fazer presente.
Os dias estão passando e - como
mágica - se tornando mais leves.
Não tivemos pretensões lá atrás,
mas agora tudo é tão natural que fazemos parte um da vida do outro e qualquer ausência
é sentida.
Depois de amores doloridos,
decepções e fazer de mim minha melhor companhia... chega você, feito brisa
suave que torna o dia agradável, a noite mais aconchegante e transforma o caminho
antes traçado sozinho, em desejo de seguir viagem a dois.
A vida é assim: surpreendente e
assustadora.
Você diz cumprir todas as suas
promessas. Nos tempos atuais, as pessoas nada prometem e quem promete
geralmente não cumpre. Mas a possibilidade de você as cumprir me surpreende e
me assusta.
Tuas promessas são as buscas que
desisti de fazer. Elas refletem meu romantismo esquecido, meus sonhos
guardados, meus desejos mais profundos.
Sempre acreditei que os
relacionamentos humanos eram nossa escola aqui nesse plano, mas o
relacionamento amoroso que eu conheci, não queria mais cursar.
Você deu nova roupagem aos
sentimentos, colocou cor nos meus pensamentos e plantou sorrisos largos e
fáceis.
O decorrer desta história? Ainda não
sabemos. Desconhecemos o que é “meu”, o que é seu, o que é momentâneo e o que é
“sempre”.
Mas eu sei que algo considerável mudou
dentro de mim.
Hoje eu só quero que sejamos “presentes”
um na vida do outro. Nem passado, nem futuro.
E que nossa presença, alegre o
passar dos dias, fortaleça o exercício de amar, traga paz... e que sejamos
assim - um dia de cada vez - agradecidos pela vida “nos presentear”.
AdRiAnA rIbEiRo